Quando a caridade não está viva em nós, o espírito cristão arrefece
“Irmãos, perseverai no amor fraterno. Não esqueçais a hospitalidade; pois, graças a ela, alguns hospedaram anjos, sem o perceber. Lembrai-vos dos prisioneiros, como se estivésseis presos com eles, e dos que são maltratados, pois também vós tendes um corpo!” (Hebreus 13,1-3).
“Irmãos, perseverai no amor fraterno. Não esqueçais a hospitalidade; pois, graças a ela, alguns hospedaram anjos, sem o perceber. Lembrai-vos dos prisioneiros, como se estivésseis presos com eles, e dos que são maltratados, pois também vós tendes um corpo!” (Hebreus 13,1-3).
Hoje, a nossa meditação é sobre a
Primeira Leitura da Missa, a Carta aos Hebreus. Essa leitura retoma ao
nosso coração os pilares fundamentais da vivência da caridade, porque
essa precisa ser viva, exercida e praticada. A caridade não pode ser só
meditada, admirada, contemplada, ela precisa ser atuante. Quando a caridade não está viva em nossa vida, o nosso espírito cristão arrefece.
Estamos contemplando tragédias e mais
tragédias neste mundo. Tragédias tão recentes em nosso meio, como a de
Brumadinho, em Minas Gerais, por conta dela nos unimos em oração. E que
maravilha quando nos unimos em oração! Mas não basta somente orarmos
pelas situações, precisamos agir para transformar as situações no mundo.
Se sabemos que alguém está doente e
rezamos por ele, que maravilha! Temos de rezar. Porém, também, temos de
cuidar, precisamos saber o que humanamente podemos fazer para aliviar o
sofrimento daquele irmão.
Se a pessoa está desamparada,
perdida, e pensamos assim: “Ah, que Deus a ajude!”. Como Deus irá
ajudar, se Ele conta com as nossas mãos? E, pode ser que Deus não possa
contar com as mãos dos Seus seguidores, dos Seus filhos, os cristãos,
então, são outros que nem creem em Deus que, muitas vezes, exercem a
hospitalidade que em nós, cristãos, deveria ser tão latente e presente
em nossa vida.
“Não vos esqueçais dos prisioneiros”.
Quantos irmãos nossos estão presos? Talvez, nós paremos no espírito
justiceiro do mundo e estamos apenas os condenando. Hoje, a visita nos
presídios está relegada a Pastoral Carcerária, e ela trabalha; mas
quantos de nós poderiam se fazerem ainda mais presentes em realidades
tão duras.
São nossos irmãos que estão nas
prisões, nos hospitais. São irmãos nossos, do mesmo Corpo que é o Corpo
de Cristo, que são maltratados, esquecidos; são idosos, crianças, irmãos
de rua. Não nos esqueçamos da
caridade, sem ela não há salvação. Podemos ser bons adoradores, rezar
mil Ave Marias todos os dias, mas sem exercer a caridade neste mundo,
nós não o transformaremos.
E não é uma caridade passiva, onde
dizemos: “Vou rezar por você”, pode começar pela oração, pois ela é
graça, mas que seja uma graça atuante. Oração revertida de ação
concreta, pois precisamos sair de nós mesmos para cuidar das realidades
sofridas deste mundo. Essa é a forma de sermos sal, fermento e luz, para
os quais o Mestre Jesus nos enviou para ser.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: padrerogercn@gmail.com – Facebook
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: padrerogercn@gmail.com – Facebook
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