Mergulhemos em Deus, nas Suas obras; mergulhemos nas ações de Jesus para reconhecermos aquilo que o Pai quer nos revelar
“Disse Filipe: ‘Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!’” (João 14,8).
“Disse Filipe: ‘Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!’” (João 14,8).
Hoje, celebramos os apóstolos São Filipe e São Tiago.
Tiago é irmão do apóstolo João, os dois são filhos de Zebedeu e são
seguidores de Cristo. Filipe é natural de Btezaida, na Galileia. Era um
discípulo muito afoito e ansioso de que as coisas logo acontecessem. Ele
não tinha muita paciência de esperar e queria logo saber como seria.
“Senhor, mostra-nos o Pai. O senhor fala tanto d’Ele, mostra-nos e já
basta”. É como aquelas pessoas que não querem submeter-se à pedagogia do
tempo, da espera e querem as coisas prontas e imediatistas.
Olhando para esse jeito afoito e imediatista de Filipe,
queremos refletir nossas ações no tempo em que vivemos, porque o tempo
em que vivemos é, justamente, o tempo das coisas imediatas, rápidas,
onde as pessoas não refletem o caminho, a escolha e o próprio caminhar
da vida!
Quando fazemos as coisas sem refletir, sem meditar nem esperar,
corremos sérios riscos de sermos precipitados. Não é preciso dizer as
consequências da precipitação em nossa vida. Estamos nos atropelando,
estamos machucando nós e os outros, sobretudo, submetendo o nosso
coração à onda da ansiedade. Ansiedade em querer que as coisas sejam
feitas logo, de qualquer maneira e assim por diante.
É verdade que não podemos ficar postergando, deixar que o
tempo resolva as coisas. Precisamos ter diligência para viver cada
coisa a seu tempo, mas precisamos também ter a paciência necessária para
entendermos a progressão do tempo e das coisas, para não sermos
premeditados e agonizados naquilo que fazemos.
Queremos ver o Pai! Jesus veio para nos mostrar o Pai,
mas como iremos compreendê-Lo? Não é simplesmente Jesus dizer: “O Pai
está aqui!”. Gostamos das coisas prontas, mas precisamos submeter o
nosso coração à sabedoria divina, à pedagogia de Deus.
Conheceremos o Pai, não de forma única, porque Ele se manifesta
através da criação, das obras que Jesus nos mostra. Enfim, o Pai está
entre nós e não O conhecemos, porque queremos uma referência direta
d’Ele, e não estamos contemplando a Sua ação presente e viva no meio de
nós.
O Pai está no meio de nós diante de tantas coisas
maravilhosas, está diante de nós, sobretudo, na pessoa de Jesus. “Há
tanto tempo estou convosco Filipe, e vós não me conheceis!”. Há quanto
tempo Jesus está entre nós, Ele faz parte da nossa vida, mas não O
conhecemos. Há quanto tempo as pessoas estão conosco e não as
conhecemos!
Não prestamos atenção no essencial. Muitas vezes, temos
um relacionamento superficial uns com os outros e com Deus também. Por
causa da nossa superficialidade, misturada com nosso jeito imediatista
de querer ver as coisas, não vamos para o essencial.
Queremos conhecer Deus, mergulhar n’Ele, por isso deixaremos de ser
precipitados e ansiosos. Na calma, na sobriedade do espírito,
mergulhemos em Deus, nas obras e ações de Jesus, para reconhecermos
aquilo que o Pai quer nos revelar.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: mailto:padrerogercn@gmail.com – Facebook
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: mailto:padrerogercn@gmail.com – Facebook
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