A Eucaristia tem a missão de nos purificar e nos colocar em comunhão com Deus
“Jesus molhou um pedaço de pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. Depois do pedaço de pão, Satanás entrou em Judas. Então, Jesus lhe disse: ‘O que tens a fazer, executa-o depressa’” (João 13,26-27).
“Jesus molhou um pedaço de pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. Depois do pedaço de pão, Satanás entrou em Judas. Então, Jesus lhe disse: ‘O que tens a fazer, executa-o depressa’” (João 13,26-27).
Estamos no contexto da Última Ceia de Jesus. Nesse contexto da
Eucaristia, está Judas Iscariotes. O que faz Judas, aquele que participa
da ceia com Jesus? Ele come do pão! Jesus mesmo diz: “Aquele que come
do pão comigo há de me trair!”.
O que mais me entristece e causa, na verdade, provocação e reflexão
interior é que, depois que Judas come deste pão, é o demônio quem entra
no coração dele.
Sabe, a Eucaristia tem a missão de nos purificar e nos colocar em
comunhão com Deus, porque ela é o próprio Senhor que recebemos em nós!
Mas se não purificarmos o nosso coração para recebermos a Eucaristia ou
não permitirmos que o corpo do Senhor nos purifique, as obras das trevas
entrarão em nosso coração.
Todos nós participamos da Ceia do Senhor, comungamos com Ele, mas
comungamos também com pensamentos e obras que são do mal. Não permitimos
que a Eucaristia realize em nós, muitas vezes, a obra do Reino de Deus.
Jesus mesmo disse: “Teu irmão tem algo contra ti? Primeiro, vai
reconciliar-se com ele”. A primeira obra diabólica é esta, não vivemos a
reconciliação. Somos capazes de entrar na Ceia Eucarística, comungar,
chorar, cantar bonito, mas, ao sairmos da Eucaristia, continuamos
fechados, não nos reconciliamos uns com os outros, continuamos a falar
mal um dos outros, até na porta da igreja.
Não deixamos que a Eucaristia vença as trevas do nosso coração, mas
permitimos, muitas vezes, que o demônio, com suas obras, inspire-nos o
mal.
O que aconteceu com Judas não é para atirarmos pedras nele, é para
revermos a nossa postura, pois isso acontece com Pedro em seguida.
Aquele entusiasmo de estar com Jesus: “Eu darei a minha vida por Ti!”. E
Jesus responde: “Pedro, antes que o galo cante, você vai me negar três
vezes”.
Pedro também estava na Ceia de Jesus; mais do que isso, ele comungou a vida com Jesus e negou o Mestre três vezes.
Hoje, preciso colocar meu coração de molho, numa reflexão profunda: o
que estou permitindo que a Eucaristia realize em mim? O que, de fato,
estou vivendo quando comungo com o Senhor? Comungo com uma hóstia?
Comungo, na verdade, Jesus em algo que eu acho bom? Comungo, de fato, o
Senhor e aceito a Sua obra, o Seu Reino? Ou permito que a obra das
trevas invada meu coração?
Nossas fraquezas são nossas e nenhuma delas são condenadas. Elas são
salvas, redimidas e cuidadas por Deus! Eu não posso transformar minhas
fraquezas em desculpas para viver nas trevas e deixar que pensamentos,
ações diabólicas tomem conta do meu coração ainda participando da
Eucaristia, da Ceia do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: mailto:padrerogercn@gmail.com – Facebook
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: mailto:padrerogercn@gmail.com – Facebook
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