A Palavra de Deus, hoje, quer nos injetar humildade, mansidão e, sobretudo, capacidade de suportarmos uns aos outros na paciência
“Eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes” (Efésios 4, 1).
“Eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes” (Efésios 4, 1).
A Palavra de Deus, na Carta de São Paulo aos Efésios é, na verdade,
uma injeção de ânimo em nós, para que tomemos ânimo na missão, na
vocação e no dom que recebemos de Deus. Não dá para caminharmos como
estamos fazendo, entregando-nos ao desânimo e perdendo a direção da
estrada e da caminhada.
O próprio São Paulo nos apresenta os remédios para vivermos bem a
nossa missão e nossa vocação. Primeiro: muita humildade e mansidão.
Quando levamos a vida, simplesmente passando por tantas coisas,
crescemos naquilo que fazemos, e muitas vezes ficamos aquelas pessoas
orgulhosas, soberbas e perdemos o norte, a direção e, sobretudo, as
nossas raízes. Quando perdemos a nossa raiz, e tornamo-nos aquela árvore
grande demais, perdemos a humildade e a mansidão. Todas as relações
humanas, a começar pela família, a casa, o trabalho, e onde quer que nós
estejamos, seja na igreja, na paróquia, na comunidade, precisamos ser
humildes naquilo que fazemos.
Nada de sentir-se superior ou mais importante. “Só o que eu faço tem
valor!”. Quando nos colocamos nesta posição, as coisas se tornam
complicadas, vão criando aqueles embaraços e as situações tornam-se
difíceis.
Do outro há a mansidão de coração, como ela é necessária em tudo o
que nós fazemos! Não seja aquela pessoa impositiva, que fala alto, que
sempre impõe a sua vontade, a sua opinião, só o que ela pensa é certo.
Não queira que os outros pensem como você, não queira se impor nas redes
sociais, porque ninguém suporta pessoas impositivas, que se acham
melhores e mais sábias.
Seja manso! Mansidão é, justamente, isso. Eu falo o que penso, sou
autêntico no que falo, mas não preciso impor nada a ninguém. Sei escutar
o que é diferente, sei acolher o que o outro traz. Pode ser que você
não concorde com nada que ele fale, mas só de acolhê-lo com humildade,
já mostra o tamanho da mansidão do seu coração.
Vivemos tempos difíceis nas relações humanas, porque os seres humanos
estão dialogando menos e se impondo cada vez mais. Isso gera atritos,
violências verbais e orais, muitas vezes, agressões físicas que só
corroem as relações no meio em que vivemos.
Por isso, a Palavra de Deus, hoje, quer nos injetar humildade,
mansidão e, sobretudo, capacidade de suportarmos uns aos outros na
paciência.
Paciência é realmente isso: é a capacidade de sabermos suportar os
limites e os defeitos do outro, e até coisas desagradáveis na pessoa do
outro, vamos saber enxergar de outra forma, se a caridade é o que move o
nosso coração.
Assumamos com amor, com vigor, com disposição aquilo que recebemos de
Deus, mas apliquemos com amor os remédios que a Palavra de Deus nos dá:
humildade, paciência e mansidão.
Que isso seja sempre abundante em nossa vida. Se soubermos levar bem
esses remédios, conseguiremos sobreviver a todas as tempestades que a
vida nos leva a viver!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
https://www.facebook.com/rogeraraujo.cn
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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