Não há como abraçar o Cristo se não abraçamos Sua cruz. Não há como segui-Lo, se não estamos dispostos a carregar as nossas cruzes de cada dia
“E vós, quem dizeis que eu sou?” (Lucas 9, 20).
“E vós, quem dizeis que eu sou?” (Lucas 9, 20).
Jesus está perguntando a Seus discípulos: “Quem o povo
diz que eu sou? O que o povo está dizendo a meu respeito?”. Depois, Ele
olhou para cada um dos discípulos e perguntou: “E para cada um de vocês,
quem sou eu?”. O povo não tem total convicção nem certeza. Alguns
dizem: “Ele é João Batista, que ressuscitou e voltou. Ele é Elias que
está novamente no meio de nós. Talvez seja algum dos profetas do Antigo
Testamento”.
O povo tinha a crença de que os profetas
poderiam voltar do céu, estar novamente no meio deles, mas Jesus não
era João Batista, nenhum dos profetas, muito menos Elias.
Pedro, aquele que se sente o mais líder, o mais alvoroçado do grupo,
diz ao Mestre: “Tu és o Cristo. O Filho do Deus vivo”. O elogio de Jesus
à pessoa de Pedro é porque ele fala da essência a respeito da pessoa de
Jesus. Pedro, na verdade, tocou naquilo que é a verdade fundamental a
respeito da pessoa de Cristo. Não se trata apenas de um profeta, um
enviado de Deus, mas Ele é o próprio Cristo, o Messias, o próprio
Senhor!
É verdade que Pedro e os discípulos precisam ter uma
compressão mais profunda do que diz respeito à vida do Messias, porque,
uma vez que Ele se faz homem e é Filho do homem, vai ser rejeitado, vai
sofrer, vai passar na mão dos homens e ser pregado numa cruz. Quando se
fala disso, o próprio Pedro quer repreender Jesus, mas não dá para
abraçarmos o Cristo, se nós não abraçarmos Sua cruz. Não dá para abraçarmos o Messias, se nós não abraçarmos a nossa via crucis.
Sabe, meus irmãos, às vezes, queremos estar perto de Deus, porque
criamos aquela fantasia de que com Ele não há sofrimento, de que com Ele
a vida se torna simplesmente sem peso. Não saímos desse vale de
lágrimas, mas a nossa vida não muda no sentindo de
não haver sofrimentos, apenas que transformamos os nossos sentimentos; o
Cristo dá um sentindo ao que sofremos. A cruz que cada um tem de carregar tem um valor salvífico!
Não há como abraçar o Cristo, se
não abraçarmos Sua cruz; não há como segui-Lo, se não estivermos
dispostos a carregar as nossas ‘cruzes’ de cada dia!
É verdade que Ele nos ajuda e dá
sentido àquilo que fazemos, é verdade que Ele é o nosso consolo, nosso
conforto, não nos deixa sozinhos, mas é
verdade também que Ele não nos tira da vida; pelo contrário, Ele nos faz
cada vez mais comprometidos com a realidade em que vivemos.
Jesus está perguntando a mim e a
você: “Quem sou eu para você?”. Você pode responder tantas coisas que
vem à mente e ao coração. Você pode responder que Ele é o Senhor da sua
vida, é a razão do seu viver e dar respostas poéticas. Tudo isso é
lindo, maravilhoso e admirável, mas o que Jesus é a partir do que
falamos, precisa ser na nossa vida vivido e praticado.
Precisamos abraçar o Cristo e Sua Cruz, porque só assim vamos participar e triunfar com Ele na Sua glória!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
https://www.facebook.com/rogeraraujo.cn
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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