Centenário da Arquidiocese de Maceió

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A exemplo de João Batista, sejamos bons profetas

Que sejamos profetas como foi João Batista. Coloquemos nossa barba de molho, vigiemos nossas ações e sejamos luz para o próximo
“Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista” (Marcos 6,25).
Celebramos, hoje, o martírio de João Batista, e essa festa têm muito a nos ensinar. Quando olhamos o exemplo de Herodes, que se juntou ou “pegou” Herodíades, a mulher de seu irmão, vemos um homem de cabeça perdida e uma mulher que usa sua própria filha, que está com a cabeça mais perdida ainda, para enfeitiçar Herodes com uma dança, e este promete dar qualquer coisa em troca. Elas pedem a cabeça de João Batista.
Por que pedem a cabeça de João Batista? Porque João falou a verdade, disse que aquele comportamento não era correto, que não se devia fazer. Herodes não tinha o direito de estar com a mulher que não lhe pertencia.
Não percamos a cabeça nem a direção da vida! Podemos, muitas vezes, passar por momentos de fragilidades e fraquezas, mas temos de ter a cabeça sadia, sensata, equilibrada, no ponto correto, senão deixamo-nos enveredar pelos caminhos da vida e caímos na insensatez dos erros, dos pecados e de tantas coisas erradas, que podem nos corromper neste mundo que tanto nos seduz.
São muitas seduções, desde o dinheiro, o poder e o prazer. São coisas que, quando entram na cabeça de uma pessoa, fazem com que ela se perca nos seus valores, nas suas escolhas e opções, sobretudo no foco que a pessoa precisa ter para com a sua vida. Não basta termos valores num dia ou no outro, mas todos os dias precisamos nos firmar em nossos valores.
Quem está em pé precisa, de fato, cuidar para não cair. E como não cair? Colocando o juízo, todos os dias, na nossa cabeça. Porque se Herodes e Herodíades, sua filha e tantos outros perderam a cabeça e hoje também a perdem, é porque tiramos de Deus a cabeça e o coração, tiramos Ele do nosso juízo e da sensatez das nossas ações.
Que sejamos profetas como foi João Batista. Não precisamos sair por aí acusando as pessoas dos seus erros. Precisamos, primeiro, colocar nossa barba de molho, vigiar nossas ações, não deixarmos de ser luz e fermento. Não podemos deixar de orientar quem precisa de orientação, de corrigir quem está saindo do caminho correto, de mostrar a luz para quem anda na escuridão. Muitas pessoas se perdem por falta de ajuda!
João Batista não quis condená-los, quis mostrar-lhes a verdade, mas não aceitaram e cortaram sua cabeça.
A cabeça da Igreja ou de cada um de nós pode até ser cortada, mas queremos o bem e a verdade, e que essa verdade nos seja mostrada com muita caridade!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
https://www.facebook.com/rogeraraujo.cn

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