Centenário da Arquidiocese de Maceió

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Homilia Dominical


Homilia do 9º Domingo Comum 
“A força da oração” 
Nunca vi tanta fé
O Evangelho não pode ser mudado nem trocado por nada. Paulo é duro com os gálatas que andaram misturando teorias com o Evangelho. Mesmo que venha um Anjo do Céu e pregue um Evangelho diferente do que vos pregamos, seja excomungado (Gl 1,8). Uma verdade que vem do Evangelho de Jesus, como lemos hoje é que Deus atente todos os que O procuram com fé.
Toda oração é uma demonstração de fé. Só reza quem crê, mesmo que essa oração seja feita por alguém que não faz parte de nosso modo de viver. Salomão o disse com clareza quando inaugurou o templo de Jerusalém. Diz: “Se um estrangeiro que não pertence ao nosso povo, escutar falar de teu grande nome, e por isso vier rezar nesse templo, Senhor, escuta do céu e atende a todos os pedidos desse estrangeiro” (1Rs 8,1-45).
Jesus afirma que Ele é o templo: “Destruí esse templo Eu o reedificarei em três dias” (Jo 2,19). Quando o oficial romano pediu, por intermédio dos anciãos judeus, que curasse seu empregado, teve fé na força da palavra de Jesus para a cura de seu empregado. Nem quis ir pessoalmente, nem sentiu necessidade de o Senhor ir pessoalmente. Bastava a Palavra. E Jesus o elogia dizendo “Nem em Israel encontrei tanta fé” (Jo 7,9). O fundamento da oração é a fé em Jesus.
Não há outro modo mais justo na oração que viver esse Evangelho. É a fé, não o modo como fazemos a oração. Por isso é muito conveniente não impor modos e regras aos outros, mas estimular a fé. As palavras do pagão romano foram tão profundas que permanecem na liturgia quando nos é apresentada a Comunhão (Jo 7,6). Há um único modo de rezar: com fé. O modo como se reza depende de cada um. Deus é quem comanda a oração e não nós. Rezamos a oração da Igreja, para indicar os caminhos.
O Pai atende todos
Salomão faz um templo aberto a todos os povos. Não precisamos mais de templos exclusivos para a oração, pois Jesus ensinou a orar em espírito e verdade (Jo 4,24). Toda oração é conduzida pelo Espírito e realiza a verdade que é Jesus. Jesus é a verdade da oração, por isso Paulo diz que o Espírito ora em nós com palavras que não temos (Rm 8,26). O Espírito Santo fala com o Pai sobre Jesus que é a Verdade. Certo que a oração bem feita humanamente, mas só é oração se fazemos com fé, mesmo frágil.
É o Espírito quem reza. Ele faz a relação entre o Pai e o Filho. Por mais frágil que seja nossa oração, ela ganha força nessa relação amorosa que há na Trindade Santa. Pelo Espírito nossa oração fala a língua de Deus. Sempre podemos aprimorar, pois não sabemos o que rezar (Ib). Mas ninguém pode dar-se o direito de negar a oração dos outros, mesmo que não sejam como as nossas. Essa oração se encontra também fora do âmbito de nossas comunidades, mas estão na Igreja. A evangelização procura purificar e colocar a Palavra no centro de nossas orações.
Um só Evangelho
Sempre vemos pessoas mudando de religião como se troca de roupa. O que procuram? Há pessoas que criam religiões. Não duvidando de sua boa vontade de procurar o bem, temos que nos alertar para a firmeza das palavras de Paulo sobre as mudanças que fazemos na compreensão do Evangelho.
Ele deve ser assumido na sua totalidade e não somente firmar-se em algum ponto e fazer dele a totalidade. Podemos apoiar nossos pensamentos em poucas frases, mas não esquecer que a Palavra é um todo e se explica somente nesse todo e não em teorias. A pregação deve procurar sempre fundamentar a fé.
Leituras: 1 Reis, 8,41-43; Salmo 116;Gálatas 1,1-2.6-10;Lucas 7,1-10. 
Ficha nº 1548 – 9º Domingo do Tempo Comum  (29.05.16)
Como se faz uma oração forte? 
Encerramos o Tempo Pascal com a festa de Pentecostes e iniciamos o tempo comum com a festa da Santíssima Trindade. Agora retomamos os domingos do Tempo Comum no qual lemos o Evangelho de Lucas.
De vez em quando as pessoas pedem uma oração boa para resolver algum problema. Onde está a força da oração?
Primeiramente temos consciência, como reza Salomão, que Deus ouve a todos. Não seleciona nem cristãos, católicos ou outros tantos. Ele diz, referindo-se à oração do pagão: “Se ele vier de uma terra distante, para rezar neste templo, Senhor, escuta então do céu e atende a todos os pedidos do estrangeiro” (1Rs 8,42-43).
Em segundo lugar, como nos escreve Paulo, é preciso ser fiel ao evangelho de Jesus e não ficar pulando de galho em galho como fazem alguns que não têm firmeza na fé.
Jesus no Evangelho dá a indicação que é preciso acreditar que Jesus ouve. O oficial romano que tinha um empregado doente, pediu aos anciãos judeus que intercedessem por ele a Jesus. Jesus disse que iria lá. Ele respondeu que não precisa vir, bastava sua palavra e meu servo ficaria curado (Lc 7,1-10). Sem essa fé, a oração será sempre frágil.
Fonte - http://www.a12.com/santuario-nacional/santuario-virtual/liturgia-diaria/29/05/2016

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