Descontentamento

Jesus deu o exemplo, a saber, aceitar tudo como vontade, ou pelo menos permissão do Pai e enfrentar tudo com amor, alegria e paz. Na verdade, tudo passa e, por isso, a paz; o melhor remédio é o antídoto do mal, a alegria
É o que mais encontramos na vida é gente descontente. Descontente consigo mesmo; descontente com os outros; descontente com o mundo e o modo em que vive e até mesmo descontente com Deus.
Sabemos que somos compostos de carpo e alma e o que toca em um repercute no outro. Assim uma dor de cabeça gera indisposição, falta de concentração; uma má digestão deixa-nos angustiados; um fígado sem bom funcionamento gera aborrecimento. Do mesmo modo, uma tristeza dá indisposição e falta de coragem; uma raiva cria sentimentos perigosos. Às vezes, o encontro ou desencontro é tão grave, que se cai numa depressão, que escurece a vida é até mesmo leva à morte.
Para uns a sociedade é horrível, o meio de vida é insuportável, a chuva é desastrosa, o sol é destruidor. No final das contas, temos de constatar que o descontentamento é comum, é geral, é quase ordinário.
O próprio Jesus não viveu sempre satisfeito com a. Ingratidão dos seus compatriotas, a dureza de entendimento do seu povo, a falta de visão dos judeus e o próprio sofrimento redentor só foi aceito por obediência e amor.
Que fazer nessa situação? Como reagir e viver satisfeito?
JESUS deu o exemplo, a saber, aceitar tudo como vontade, ou pelo menos permissão do Pai e enfrentar tudo com amor, alegria e paz. Na verdade, tudo passa e, por isso, a paz; o melhor remédio é o antídoto do mal, o antídoto do descontentamento, além da paz, a alegria. A alegria, mesmo forçada gera tranquilidade na alma e faz-nos ver o mundo por uma ótica melhor, mais pacífica e mais esperançosa.
Mas, acima de tudo está o amor. Ele dá vida onde há morte, ele dá forca quando chega o desânimo,ele eleva o espírito e o corpo para lugares nunca dantes vistos e alcançados. O amor anima, encoraja, fortifica, dispõe, fortalece, vivifica e por ele teremos paz e alegria. Com ele o descontentamento desaparece e, como JESUS, faremos felizes sempre a vontade ou a permissão do Pai.

Mons. Pedro Teixeira Cavalcante é Doutor em Teologia
Fonte - gazetaweb.com