DIA 9 – QUINTA-FEIRA
CEIA DO SENHOR
(branco, glória, prefácio da Eucaristia – ofício próprio)
A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve
ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que
nos salvou e libertou (Gl 6,14).
Estamos reunidos para fazer memória da
última ceia do Senhor com seus discípulos. Nesta Eucaristia, que inicia o
Tríduo Pascal, contemplamos os grandes gestos de Jesus em favor de seus
seguidores: a instituição da Eucaristia, o lava-pés e o mandamento do
amor. Celebremos em comunhão com a vida de Cristo e com a de toda a
humanidade.
Primeira Leitura: Êxodo 12,1-8.11-14
Leitura
do livro do Êxodo – Naqueles dias, 1o Senhor disse a Moisés e a Aarão
no Egito: 2“Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro
mês do ano. 3Falai a toda a comunidade dos filhos de Israel, dizendo: No
décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro
para cada casa. 4Se a família não for bastante numerosa para comer um
cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o
número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais conforme o
tamanho do cordeiro. 5O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano.
Podereis escolher tanto um cordeiro como um cabrito: 6e devereis
guardá-lo preso até o dia catorze deste mês. Então toda a comunidade de
Israel reunida o imolará ao cair da tarde. 7Tomareis um pouco do seu
sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o
comerdes. 8Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães
ázimos e ervas amargas. 11Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos,
sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a
Páscoa, isto é, a ‘passagem’ do Senhor! 12E naquela noite passarei pela
terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde
os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses
do Egito, eu, o Senhor. 13O sangue servirá de sinal nas casas onde
estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a
praga exterminadora quando eu ferir a terra do Egito. 14Este dia será
para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar,
por todas as gerações, como instituição perpétua”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 115(116B)
O cálice por nós abençoado / é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
1. Que poderei retribuir ao Senhor Deus / por tudo aquilo que ele fez em meu favor? / Elevo o cálice da minha salvação, / invocando o nome santo do Senhor. – R.
2. É sentida por demais pelo Senhor / a morte de seus santos, seus amigos. / Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, / mas me quebrastes os grilhões da escravidão! – R.
3. Por isso oferto um sacrifício de louvor, / invocando o nome santo do Senhor. / Vou cumprir minhas promessas ao Senhor / na presença de seu povo reunido. – R.
Segunda Leitura: 1 Coríntios 11,23-26
Leitura
da primeira carta de são Paulo aos Coríntios – Irmãos, 23o que eu
recebi do Senhor, foi isso que eu vos transmiti: na noite em que foi
entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o
e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha
memória”. 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e
disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que
dele beberdes, fazei isto em minha memória”. 26Todas as vezes, de fato,
que comerdes desse pão e beberdes desse cálice, estareis proclamando a
morte do Senhor, até que ele venha. – Palavra do Senhor.
Evangelho: João 13,1-15
Eu
vos dou este novo mandamento, / nova ordem agora vos dou, / que também
vos ameis uns aos outros, / como eu vos amei, diz o Senhor (Jo 13,34). – R.
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo
segundo João – 1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha
chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus
que estavam no mundo, amou-os até o fim. 2Estavam tomando a ceia. O
diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o
propósito de entregar Jesus. 3Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado
tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava,
4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na
cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos
discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido. 6Chegou a
vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?”
7Respondeu Jesus: “Agora não entendes o que estou fazendo; mais tarde
compreenderás”. 8Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas
Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9Simão
Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as
mãos e a cabeça”. 10Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa
lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos,
mas não todos”. 11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem
todos estais limpos”. 12Depois de ter lavado os pés dos discípulos,
Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos:
“Compreendeis o que acabo de fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor e
dizeis bem, pois eu o sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos
lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o
exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz”. – Palavra da
salvação.
Reflexão:
A Igreja abre o Tríduo Pascal com a
última ceia de Jesus com seus discípulos e seguidores. Durante a ceia,
Jesus lava os pés dos apóstolos. No Antigo Testamento, o dono da casa
lavava os pés dos hóspedes em sinal de acolhida (cf. Gn 18,4). A exemplo
de Abraão, que acolheu Deus na figura dos três homens que o visitaram,
Jesus, no gesto de lavar os pés dos discípulos, acolhe a toda a
humanidade na casa do Pai. A esta altura, o Mestre, sabendo que vinha de
Deus, tinha consciência de que estava prestes a voltar para Deus e de
que sua missão estava praticamente concluída nesta terra. O evangelista
João não narra a ceia e os gestos de Jesus sobre o pão e o vinho, como
os outros evangelistas. Jesus, durante a ceia, lava os pés e ensina seus
seguidores a fazer o mesmo. Lavar os pés é símbolo de humildade e de
serviço aos irmãos e irmãs. Da eucaristia, portanto, brota o serviço
fraterno em favor daqueles que necessitam. O serviço aos irmãos não é
algo secundário, mas é memorial daquilo que o Mestre fez em favor dos
discípulos e discípulas. O gesto de Pedro mostra que nem sempre estamos
dispostos a nos doar ao serviço fraterno.
Oração
Ó Jesus, Mestre e Senhor, teus apóstolos foram pegos de surpresa quando tomaste a iniciativa de lavar-lhes os pés. Querias, na verdade, nos dar um exemplo de humildade e serviço, sinal concreto de amor fraterno. Inspira-nos a fazer como fizeste, multiplicando, em toda parte, generosos gestos de amor. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))Oração
Ó Jesus, Mestre e Senhor, teus apóstolos foram pegos de surpresa quando tomaste a iniciativa de lavar-lhes os pés. Querias, na verdade, nos dar um exemplo de humildade e serviço, sinal concreto de amor fraterno. Inspira-nos a fazer como fizeste, multiplicando, em toda parte, generosos gestos de amor. Amém.
Fonte - https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/dia-9-quinta-feira-14/#.XosLaHJv-00
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