Evangelho do dia - Lc 16,1-13 – Forma breve: 16,10-1
Naquele tempo, 1Jesus dizia aos discípulos: “Um homem rico
tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2Ele o
chamou e lhe disse: ‘Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas
da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’.
3O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a
administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar,
tenho vergonha. 4Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em
sua casa, quando eu for afastado da administração’.
5Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E
perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ 6Ele respondeu:
‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pega a tua conta,
senta-te, depressa, e escreve cinquenta!’
7Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu:
‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve
oitenta’.
8E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com
esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus
negócios do que os filhos da luz. 9E eu vos digo: usai o dinheiro
injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas
moradas eternas.
10Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é
injusto nas pequenas também é injusto nas grandes. 11Por isso, se vós
não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o
verdadeiro bem? 12E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará
aquilo que é vosso?
13Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou odiará um e amará o
outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a
Deus e ao dinheiro”. — Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Catequese Bíblico-Missionária
A mensagem deste domingo nos é dada por uma das parábolas mais
estranhas que Jesus nos deixou. É a parábola do administrador corrupto.
Jesus pede que prestemos atenção às atitudes de uma pessoa desonesta. Na
verdade, Jesus narra aquilo que ele mesmo está vendo. Corrupção,
especulação e enriquecimento ilícito sempre houve! É o que nos relata a
profecia de Amós. O profeta condena com veemência a especulação com os
alimentos feita pelos comerciantes desonestos. Eles lucram com a fome e a
pobreza do povo, alterando as medidas e falseando as balanças. Amós
lança contra eles a maldição de Deus.
Quando lemos a parábola de hoje, somos invadidos por um sentimento de
indignação. A parábola nos incomoda. Na verdade, Jesus é realista e
traz a realidade tal como ela é. Sempre existiu gente desonesta. Jesus
nos pede para aprendermos com os desonestos, em sua esperteza e
criatividade, em sair de situações difíceis. Vamos ver de perto a
proposta de Jesus.
Ele começa a contar sobre um capataz que desviava bens e dinheiro de
seu patrão, enquanto submetia seus empregados a duros trabalhos. Tendo
sido denunciado ao patrão, foi despedido. Jesus, então, coloca o capataz
diante das três possibilidades de se sustentar na vida: trabalhando,
pedindo ou roubando. O capataz despedido rejeita as duas primeiras, uma
por preguiça e a outra por vergonha. Ele, então, decide continuar a
viver de fraudes. Alterando as contas de seu patrão, ele espera ganhar
favores e reconhecimento dos comerciantes e assim garantir seu nível de
vida quando fosse afastado de seus trabalhos. Ora, pelas palavras de
Jesus fica claro que ele não quer que vivamos de maneira desonesta como o
capataz despedido. Jesus nos pergunta se nós, em nosso esforço a favor
do Reino de Deus, temos ou não o mesmo empenho e criatividade que o
capataz no seu esforço de aumentar sua riqueza.
Lucas conclui nos alertando sobre o uso do dinheiro. Numa cidade, o
dinheiro traz a marca das injustiças sociais e quem ganha mais dinheiro é
quem menos precisa dele. O dinheiro deve ser usado sem esquecer, como
diz Jesus, que ele é injusto, já que simboliza o acúmulo e a opressão. A
mensagem deste domingo se completa com a Segunda Leitura, na qual Paulo
faz uma bonita oração universal, pedindo a justiça e a paz para todas
as sociedades humanas.
Francisco Orofino e Frei Carlos Mesters
Oração
Ó Pai, que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao próximo, fazei
que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida
eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
— Amém.
Fonte - https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.