“Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça” (Mateus 23,28).
Vivemos na sociedade das aparências, onde o que importa é o que
aparenta ser, o que demonstramos ser: a cara, a fantasia que usamos, a
maquiagem que retocamos, a roupa que estamos vestindo.
A roupa branca e o tau que uso no pescoço não significam nada, são
apenas sinais externos daquilo que deveria ser a minha vida interior,
daquilo que eu preciso viver com intensidade e seriedade na minha
própria vida. Isso vale para todos nós, porque, muitas vezes, estamos
nos preocupando com as coisas externas e não estamos vivendo
interiormente.
Algumas pessoas são muito boas com as pessoas que estão fora, com os
amigos, com quem encontram na rua, mas dentro de casa não conseguem
viver a paciência, a misericórdia e a tolerância.
O trabalho interior que vivemos a cada dia da nossa vida é cuidar dos sentimentos do coração
Muitas vezes, estamos pregando amor e misericórdia, mas não
conseguimos viver o amor nas atitudes de uns para com os outros, com as
pessoas que estão próximas de nós.
Ter amor por você, que está longe, que está me ouvindo de qualquer
lugar, é muito simples, até porque não nos encontramos. Então, tudo o
que você vê de mim é bonito e aparente. Agora, onde eu vivo, de fato, a
minha fé e a minha religião? Com quem convive comigo, com quem está
comigo, com quem compartilho o trabalho, com quem compartilho a vida no
dia a dia, com quem compartilho a mesma igreja que vou.
Como testemunhamos a religião que vivemos? Não podemos viver a
religião da aparência, porque se o mundo das aparências é uma tristeza, a
religião das aparências é uma desgraça, é a perda total da graça. A
hipocrisia é aquilo que mais destrói o melhor dos sentimentos
religiosos. Aparentamos ser aquilo que, de fato, não somos.
O trabalho interior que vivemos, a cada dia da nossa vida, é cuidar
dos sentimentos do coração, dos afetos da alma, das atitudes que nós
temos, da forma como lidamos uns com os outros para que não aparentemos
ser aquilo que não somos.
Que nossa religião seja de atos, atitudes e de uma busca sincera e verdadeira de conversão a cada dia.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: padrerogercn@gmail.com – Facebook
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: padrerogercn@gmail.com – Facebook
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