Centenário da Arquidiocese de Maceió

sábado, 17 de agosto de 2019

Homilia Dominical


“Mãe no Céu”
 Primícias dos que morreram
Desde o início de nossa fé encontramos na tradição da comunidade os primeiros rudimentos da fé. Lembramos que os textos bíblicos do Novo Testamento são posteriores. Eles também acolhem a tradição, como diz Lucas em seu evangelho (Lc 1,1-4). Diz que foi se informar com as testemunhas de confiança. O texto do Evangelho leva em conta a tradição. O que já era do conhecimento permaneceu na tradição ao lado o texto evangélico. Os católicos acolhem a tradição como parte da Palavra de Deus. O centro de todo anúncio é a Ressurreição de Jesus. Nela tudo se explica e completa. Para entender essa verdade (dogma) cristã que afirma a Assunção de Maria, temos que partir de sua participação no mistério de Cristo: “Cristo ressuscitou como primícias dos que morreram... como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão... Em primeiro lugar Cristo... depois os que pertencem a Cristo, por ocasião de sua vinda” (1Cor 15,20-27). Como Maria foi redimida já em sua concepção, em vista dos méritos de Cristo, permanece unida a Ele também em sua ressurreição. Esse momento da sua glorificação pela Assunção decorre da Ressurreição. O Papa Pio XII não define como se dá o fim de Maria. Não sabemos nada, além das tradições apócrifas. O Papa diz: “Pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial" (MUNIFICENTISSIMUS DEUS, 44). O Papa não criou essa verdade, ele a reconheceu como verdade reconhecida desde os inícios do Cristianismo e mostra os documentos.
Ó Mãe do Senhor
Maria esteve e está unida ao Mistério de Cristo em todos os seus momentos. Mãe não deixa de ser mãe. Pela maternidade Maria permanece unida a Cristo e, com ela, todos o filhos de Deus. Humildemente Maria reconhece, com humildade, essa participação: “O Senhor olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo Poderoso fez grandes coisas em meu favor” (Lc 14-55). Maria não se faz grande, mas objeto do amor de Deus. Mas reconhece sua missão na Igreja e no Céu. Reconhece a ação de Deus por ela e, por ela a todo o povo. É humilde e aceita a obra do Senhor. O louvor que todas as gerações lhe dirigem como uma criatura unida ao projeto salvador de Deus a toda humanidade. Está unida à salvação de todos, derrubando os poderosos dos tronos e elevando os humildes. Sua elevação é a elevação de todo o povo. Maria deveria seguir Jesus na ressurreição e ascensão, pois é dom que nela, concede a todos. Está garantida nossa ressurreição, pois uma do povo já completou o caminho.

Quando rezamos, rogai por nós, santa Mãe de Deus, não estamos desviando a missão do Cristo único mediador. Porque rezamos uns pelos outros, fazemos súplicas, pedimos milagres e louvamos. Como Corpo de Cristo, estamos unidos a Ele em todo seu mistério, inclusive sua intercessão e mediação. Os membros acompanham o corpo. Por isso rezamos pelos outros. Maria faz parte do Corpo Total de Cristo. Por isso pode rezar por nós e receber nosso culto. Enquanto fazemos parte desse Corpo de Cristo, estamos unidos também a Maria, e a todos os fiéis, em todas as missões desse Corpo. Não tenhamos medo de rezar a Nossa Senhora, conversando com ela como Jesus o fazia, pois somos filhos com Ele. Se somos irmãos, somos filhos. Logicamente é preciso purificar esse belo culto de formas incoerentes. Assim evitamos que se desfaça essa beleza que é Maria.
Leituras: Apocalipse 11,19ª;12m1.3.-6ab; Salmo 44; 1Coríntios 15,20-27ª; Lucas 1,39-56.
Ficha: nº 1884 - Homilia da Assunção de Maria (18.08.19)

1. Para entender a Assunção de Maria, sua participação no mistério de Cristo.
2. Maria esteve e está unida ao Mistério de Cristo em todos os seus momentos.
3. Maria faz parte do Corpo Total de Cristo. Pode rezar por nós e receber nosso culto.

Mãezinha do Céu

Sentimos uma profunda alegria em podemos lembrar de Nossa Senhora como Mãezinha do Céu. É o eterno coração de criança. Que bom lembrar que essa mãe tem muitos filhinhos. É uma creche celestial.
Por isso não podemos perder as belas tradições de chamar Maria de Mãezinha, expressão da ternura, acolhimento e contínuo cuidado. Não é à toa que Deus quis que não faltasse ternura no Céu. Todas as belezas da santidade não conseguem atrair se não for umedecida de ternura. É o que nos ensinaram: Pede à Mãe que o Filho atende. Jesus já tinha muito serviço com essa redenção. Deixou à Mãe, cuidar ternura.
Fonte - https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco

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