“Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o
patrão: ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a
nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’” (Mateus 20,11-12).
A parábola do administrador que contratou operários para a sua vinha
remete-nos aos acontecimentos finais da humanidade. Durante toda a
história do ser humano, Deus vai chamando os Seus. Alguns vêm na
primeira hora, outros vêm na metade do dia, outros vêm quase no final do
dia, e a cada tempo a graça de Deus vai chegando nos corações.
O importante é que a graça de Deus chegue. O importante é que a graça
de Deus conquiste o maior número possível de pessoas, porém, existem as
intempéries humanas presentes, não só nas questões religiosas, mas nas
questões cotidianas da nossa vida.
Queremos entender que justiça é sermos todos iguais quando, na
verdade, não somos. A justiça é dar o tratamento que cada um merece, de
modo que ser injusto é não dar ao outro o que ele merece.
O amor de Deus é para com todos, ainda que ele não chegue a todos ao
mesmo tempo, por diversas situações, mas o desejo do Pai é chegar ao
coração de todos.
Na mão de Deus ninguém é injustiçado, na mão de Deus ninguém fica sem receber Sua graça e Seu amor
O nosso coração humano é movido pela inveja, pelo ciúmes, e, nos
últimos tempos, têm acelerado, cada vez mais, o processo de competição
entre as pessoas. Competir quer dizer sentir-se inferior ao outro, mais
importante e mais valorizado que o outro.
Deus valoriza aquilo que ninguém valoriza, Ele reconhece aquilo que
não reconhecemos, Ele faz justiça de acordo com o Seu coração e não de
acordo com os critérios do coração humano, que faz acepção de pessoas,
coloca pessoas mais importantes que outras.
Deus vai começando dos últimos para tratar a cada um conforme o seu
coração. Uma coisa podemos ter certeza: na mão de Deus ninguém é
injustiçado, na mão de Deus ninguém fica sem receber Sua graça e Seu
amor. O que acontece é que o egoísmo, o orgulho e a soberba humana não
se satisfazem, muitas vezes, com o que têm, querem sempre mais, por isso
entregam a alma à tristeza, entregam o coração à competição e não se
conformam com a situação que têm.
Quando recebemos uma coisa, ficamos satisfeitos com o que temos. A
insatisfação toma conta de nós quando começamos a nos comparar com o
outro: “O outro é melhor”, e começamos a desgostar do que é nosso.
Uma criança recebe um presente e está muito feliz, mas ela começa a
se desfazer do presente quando sabe que o outro tem um presente melhor
que o dela. Esses operários que receberam o seu salário estavam
satisfeitos com o que foi combinado, mas eles começaram a murmurar e a
reclamar quando souberam que outros funcionários ganharam igual a ele,
porém, eles receberam o que foi combinado.
O sentimento humano é assim, quando começamos a nos comparar,
começamos a invejar e a criar outros sentimentos, porque vão nos
deprimindo e nos comparando sempre com os outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: padrerogercn@gmail.com – Facebook
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: padrerogercn@gmail.com – Facebook
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