“Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e
não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os
pecadores” (Mateus 9,13).
O Senhor assentou-se com os pecadores e comeu com os cobradores de
impostos. O Senhor está conosco, está no meio de nós, porque nós somos
pecadores. O Senhor veio para resgatar a nossa humanidade pecadora.
Se fôssemos justos, não precisaríamos do Senhor, mas precisamos
d’Ele, porque não somos justos, e a grande injustiça é não reconhecermos
as nossas próprias injustiças, os nossos próprios pecados. O fato é que
estamos qualificando a humanidade em grandes e pequenos pecadores, e
estamos ignorando a verdade objetiva, clara e direta, porque temos
muitos pecados. Precisamos tratar esses pecados com a misericórdia e o
bálsamo divino.
Às vezes, começamos a observar, em nossa pele, algumas rugas e
erupções, mas não damos a devida importância, só quando se torna algo
grave que nos preocupamos em cuidar. Fazemos a mesma coisa também com o
pecado. Achamos que os nossos pecadinhos são pecadinhos, mas são pecados
e para todos eles temos um remédio, e esse remédio é a misericórdia
divina.
O que nos salva é a misericórdia de Jesus para conosco e a nossa misericórdia para com os outros
Perdemos muito tempo julgando o pecado dos outros, e talvez o outro
que nós julgamos e condenamos se encontre tão mais próximo da
misericórdia divina, porque está encontrando a contrição, o
arrependimento, e nós não encontramos, porque só se arrepende quem
reconhece o mal, o pecado que tenha cometido na vida.
Precisamos aprender que não é porque temos uma vida sacrificada, que
são os sacrifícios que nos salvam. O que nos salva é a misericórdia de
Jesus para conosco e a nossa misericórdia para com os outros. Como Ele
teve misericórdia de mim e tem misericórdia de nós, não podemos querer
ser outra coisa, porque, senão, vamos ser como os fariseus, porque os
fariseus estavam julgando, pensando mal de Jesus, porque o nosso Mestre
come com cobradores de impostos e pecadores.
Somos mestres em julgar, somos peritos em condenar a vida dos outros,
o comportamento dos outros. Estamos sempre julgando, condenando e
conhecendo muito pouco a nós mesmos.
Quem se conhece de verdade, quem entra dentro da sua alma, do seu
interior e mergulha no fundo pecaminoso que há em nós, jamais julga ou
condena ninguém, pelo contrário, mergulha o seu ser pecador, sua alma
tão cheia de fragilidades na misericórdia divina e leva essa mesma
misericórdia para tantos corações necessitados do perdão, do encontro
redentor e salvador de Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: padrerogercn@gmail.com – Facebook
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: padrerogercn@gmail.com – Facebook
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