“Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu
irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘patife!’ será
condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao
fogo do inferno” (Mateus 5,22).
Que respeito nós precisamos ter uns para com os outros! A primeira
exigência do amor é o respeito, mas, infelizmente, nos desrespeitamos
muito facilmente uns aos outros. Primeiro, nos sentimentos e afetos,
pois somos muito impulsivos; e a partir do impulso da cólera, nós
facilmente brigamos, gritamos e nos agredimos.
Nada justifica a agressão verbal – nem vou falar da física, porque é
crime! Estou falando de coisas vergonhosas que cometemos uns com os
outros, inclusive, muitas vezes, em nome da fé.
Nada justifica qualquer tipo de agressão ao outro. Irmãos podem
discordar, mas não podem se agredir. Irmãos podem ter pontos de vista
diferentes, mas não podem se insultar. Irmãos podem ficar chateados uns
com os outros, mas jamais podem desrespeitar uns aos outros.
A exigência do amor evangélico é muito séria, mas vivemos, muitas
vezes, um amor que não tem nada a ver com o Evangelho. Não é
simplesmente o amor onde encontramos os nossos irmãos da igreja, vivemos
bem com quem gostamos e desrespeitamos quem não gostamos, quem não reza
na nossa cartilha, quem não fala como nós, quem não pensa aquilo que
nós acreditamos.
O que vai nos salvar não é aquilo que cremos como doutrina, mas é o
amor que praticamos e vivemos, é o respeito que devemos nutrir uns pelos
outros. Não podemos permitir que, na nossa boca, a irá e a cólera
estejam movendo os nossos sentimentos e afetos, porque se a boca diz
aquilo de que o coração está cheio, estamos agredindo uns aos outros com
expressões muito baixas.
O que vai nos salvar é o respeito que devemos nutrir uns pelos outros
O Evangelho está nos dizendo: “Quem chamar o seu irmão de patife será
condenado”, mas a palavra “patife” é até bonita perto de tantas outras
palavras agressivas e duras que usamos para nos tratar uns aos outros.
“Quem chamar o seu irmão de idiota ou tolo, será condenado ao fogo do
inferno”. As nossas palavras estão nos condenando, porque nós, de uma
forma até adocicada, usamos palavras de teor agressivo para nos
referirmos ao outro.
Primeiro, as pessoas têm nome e elas precisam ser chamadas pelo nome,
elas não podem ser rotuladas pela nossa agressividade. Quando vamos nos
referir àquela pessoa, chamamos daquele nome feio, pesado, agressivo e
infernal, que, infelizmente, tem trazido o inferno para o meio de nós.
Precisamos nos purificar a partir da boca, sobretudo do coração, para que não sejamos condenados pelas nossas próprias palavras.
O amor é exigente, e uma das exigências fundamentais do amor é que nos respeitemos com aquilo que falamos e tratamos uns outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: padrerogercn@gmail.com – Facebook
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: padrerogercn@gmail.com – Facebook
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