No dia 13 de Maio de 1917, enquanto o mundo vivia a primeira guerra
mundial, Nossa Senhora aparecia pela primeira vez a três pastorzinhos em
Portugal. Durante as seguidas aparições, sempre no dia 13 de cada mês,
falou sobre a necessidade da conversão, da oração do terço e de não
ofender mais a Deus. Essa é uma das devoções marianas de maior
expressão. O que ela pode, ainda hoje, nos enriquecer?
Uma constante na vida de Maria, que
possui raízes nos Evangelhos e que podemos ver nas diversas devoções
marianas, é a centralidade de Jesus em sua vida. Maria nunca aponta para
si mesma como fim, sempre nos faz olhar para Jesus. Isso aconteceu nas
bodas de Caná, quando ela diz “fazei o que Ele vos disser”, e acontece
em cada Santuário Mariano, onde o central é sempre a Missa, ou seja,
Jesus Eucarístico.
Milhares de pessoas passam todos os anos
em Fátima e lá se encontram, pelos braços de Maria, com Jesus. Nos
santuários marianos se pode perceber de maneira privilegiada como Maria
continua cumprindo sua missão de Mãe. Se percebe claramente como ela
acolhe todos seus filhos e os apresenta ao seu Primogênito. Em um certo
sentido, quanto mais olhamos para a Mãe de Jesus, melhor olhamos para
Jesus. E é exatamente esse o desejo de Nossa Senhora, que conheçamos
cada vez melhor o seu Filho.
Nota-se também, pelas mensagens em
Fátima, a grande preocupação de Nossa Senhora por cada um de nós. Seja
pelo olhar bondoso nas aparições, seja também pelo chamado à conversão
que faz intensamente, seja ainda pela tristeza que manifesta ao dizer
que Deus é muito ofendido. Se podemos resumir tudo isso em apenas uma
sentença, diria que Maria nos quer junto a Deus e sofre quando nos
afastamos dele.
De maneira especial ela pediu que
rezássemos o terço, ela mesmo se apresentou aos pastorzinhos como a
Senhora do Rosário. Essa é uma oração muito especial pela qual
contemplamos a Jesus pelos olhos de Maria. O então Papa Bento XVI disse
no santuário de Fátima o seguinte: “A oração do terço permite-nos fixar o
nosso olhar e o nosso coração em Jesus, como sua Mãe, modelo
insuperável da contemplação do Filho”. Muito se escreveu e se refletiu
sobre essa oração, e nós, católicos, a temos como uma arma poderosa
contra os ataques a nossa fé. Com certeza não sabemos todo o bem que é
feito e o mal que é evitado quando rezamos devotamente essa oração.
Vamos celebrar todas as graças que nos vêm de Deus por meio de Maria.
Sobretudo a graça de ter uma Mãe tão zelosa pela nossa salvação, que nos
acompanha diariamente em nossas lutas, mesmo que sua presença seja
muitas vezes silenciosa e imperceptível. Que possamos nos aproximar cada
vez mais de Maria, sem medo de que ela tire o espaço devido a Deus,
porque tudo o que ela faz é nos levar a um encontro mais profundo com
Ele mesmo.

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