Há necessidade do desprendimento, porque somos apegados, muitas vezes, às coisas superficiais
“Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás” (Mateus 8, 19).
“Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás” (Mateus 8, 19).
É o mestre da Lei que se aproxima do Mestre Jesus, colocando-se à
disposição d’Ele para segui-Lo onde quer que Ele vá. Que beleza é a
disposição do coração de cada um de nós também, de seguir Jesus, ir
atrás d’Ele. Onde quer que Ele esteja, nós também queremos estar.
Não basta querer, é preciso também adequar-se e dispor-se a seguir as
exigências desse seguimento; e, neste quesito, muitos começam, mas
ficam para trás, desistem, desanimam, porque o caminho do seguimento é
exigente. É preciso desprendimento e renúncia, duas palavras que parecem
pesadas e difíceis para o tempo em que vivemos, mas ninguém consegue
nada na vida se não tiver desprendimento nem renúncia.
Aquilo que vem fácil também vai fácil. Aquilo que vem com luta e
desprendimento tem valor, sabemos valorizar, sabemos de sua importância.
Eu sei como é valoroso aquele que levanta de madrugada para trabalhar,
eu sei da importância do estudante que se sacrifica e dá tudo de si para
conquistar o que precisa. Sei que muitos que recebem as coisas de “mão
beijada” não sabem dar valor e não entram na essência daquilo que têm e
daquilo que precisam conquistar.
É exigência da vida, mas é também exigência do Evangelho. Por que o
Evangelho exige de nós desprendimento e renúncia? Primeiro, porque o
nosso coração precisa, de fato, passar pela via da purificação, pois
seguimos Jesus para alcançá-Lo, seguimos Jesus para que o nosso coração
tome lugar da morada de Deus e Cristo seja o único tesouro da nossa vida
e do nosso coração.
Não seguimos Jesus simplesmente para olhá-Lo, admirá-Lo, seguimos
Jesus para nos tornarmos Seus discípulos. Para ser discípulo de Jesus é
preciso passar pela purificação da escola d’Ele.
Há necessidade do desprendimento, porque somos apegados, muitas
vezes, às coisas superficiais. Apegamo-nos a nossa casa, ao que temos, a
tantas outras coisas, mas não nos prendemos ao essencial que o Mestre
vai nos dar, que é o amor evangélico. É com esse amor que vamos amar a
nossa família.
O desprendimento nos faz pessoas livres para o Evangelho, livres para
Jesus, livres para aquilo que precisamos realizar. Não é a liberdade
que o mundo nos dá, mas a liberdade que o Evangelho nos dá para não
permitir que o nosso coração seja escravo de nada nem de ninguém.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: padrerogercn@gmail.com – Facebook
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: padrerogercn@gmail.com – Facebook
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