Centenário da Arquidiocese de Maceió

sábado, 21 de julho de 2018

Homilia Dominical


Redentorista
“Ele teve compaixão”

Assim é Jesus
            A compaixão é uma característica fundamental de. Ela vem de sua união com o Pai, pois o desígnio de salvação se explica pela compaixão que Deus teve com a humanidade no pecado que é sempre uma escolha livre do homem. Mas Deus, quis salvar porque teve misericórdia, teve compaixão. Por isso enviou o Filho para libertar do mal. Jesus assume a condição humana para ser em tudo igual ao homem, menos no pecado (Hb 4,15). Assim Jesus exerce a misericórdia sem limites para com todos: pecadores, doentes, presos pelo mal, o que chama de endemoniados. Ele, conhecendo a condição humana, sabe o quanto necessitamos de sua compaixão. O médico não precisa sentir a dor do doente para curá-lo. Jesus sente a dor do homem sofredor e tem compaixão. Significa que participa dessa dor. Ele vai até a morte e sepultura para que não haja nenhuma dúvida de que Jesus tenha estado em tudo do nosso lado. Isso é importante para que ninguém se escuse dizendo que Deus não conhece minha dor. Deus me esqueceu! Deus sumiu. Se parecer ser isso, é porque sabe que damos conta sozinhos ou tem muitos que podem nos socorrer. Não sentimos a presença de Deus como um sentimento humano. É mais, é Divino.
Tende em vós os mesmos sentimentos
            Aqui entra algo importante, pois seguir Jesus significa exercer sua compaixão. Quanto mais encarnarmos os sentimentos de Jesus (Fl 2,5), mais manifestaremos sua Pessoa e exerceremos sua missão. Não é possível uma fé cristã sem que sejamos imbuídos de sua compaixão. Quem não é capaz de ter compaixão, tem um mal maior. Desse mal só se cura com o remédio da dor. O sofrimento é uma escola. A compaixão não é uma dor que passa. É uma ferida no coração de onde jorra o sangue da misericórdia, o mesmo que correu do coração ferido de Jesus. Ter dó nunca resolveu o problema de ninguém. A compaixão tem que ser o elemento fundamental para a pastoral e para a estruturação de uma comunidade, de uma Igreja. Vemos que essa não tem sido a energia que move nossa vida de Igreja e vida espiritual. Por isso não crescemos na vida espiritual. Falta a alma das virtudes. Não sujamos as mãos pelos outros. Não nos comprometemos. Vemos nossas comunidades, paróquias, dioceses e outros que não vão em frente, pois o necessitado é o primeiro excluído. Uma espiritualidade que não nos compromete com os carentes e abandonados pode parecer boa. Examinemos nossas devoções, associações, movimentos. Tudo vazio. Muito espiritualismo e pouco Jesus compassivo. Mesmo a vida da Igreja e congregações está perdendo a vida pela ausência da compaixão de Jesus.
Misericórdia para com todos
              Paulo nos ensina que Cristo é como o pacificador que destruiu a separação entre judeus e gentios (Povos pagãos) e os fez um só povo. Toda a herança de Israel foi calcificada no fechamento dos judeus que se consideravam o único povo de Deus. Paulo na epístola aos Efésios, diz que por sangue, Cristo aproximou os que estavam longe; O que era dividido fez uma unidade; aboliu a lei com seus mandamentos e decretos... quis assim, a partir do judeu e do pagão, criar em Si um só homem novo, estabelecendo a paz; Quis reconciliá-los com Deus, ambos em um só corpo, por meio da cruz; assim destruiu em Si mesmo a inimizade; graças a Ele que uns e outros, em um só Espírito, temos acesso ao Pai (Ef 2,13); O sangue de Cristo e o Espírito realizam a unidade de pagãos e judeus. Tudo porque Deus teve compaixão de todos. Jeremias criticou os maus pastores. Jesus é o bom pastor.
Leituras: Jeremias 23,1-6;Salmo 22;Efésios 2,13-18;Marcos 6,30-34.
Ficha nº 1772 - Homilia do 16º Domingo Comum (22.07.18)
           
  1. Jesus é a compaixão.
  2. Participamos da compaixão de Jesus.
  3. A compaixão de Jesus abre a todos a mesma participação como povo.

            Ter dó não dói.

            Quando queremos explicar quem era Jesus, o que mais nos ajuda é dizer que Ele curava os doentes, ressuscitava os mortos, expulsava os demônios e alimentava o povo multiplicando a comida. Não falamos nada de que era Deus, que morreu e ressuscitou. Falamos, mas para garantir que, quem fazia isso só podia ser Deus. Há uma frase que diz: “Os discípulos, vendo essa humanidade de Jesus tão generosa, diziam: Só pode ser Deus.

            Paulo na carta a Tito escreve: “A graça de Deus se manifestou parda a salvação de todos” (Tt 2,11). A graça é a benignidade de Deus. Deus é bom e compassivo. Essa compaixão Jesus a trouxe como primeira recomendação do Pai a todos nós. Para ser igual a Jesus temos que aprender sua compaixão. Uma espiritualidade desacompanhada da compaixão que suja as mãos com os necessitados não constrói vida cristã. Vemos religiões que se dizem cristãs, movimentos, associações e piedosas pessoas que não têm a compaixão em seu modo de viver a fé.
Fonte - http://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco

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