Redentorista
“Ele teve compaixão”
Assim é Jesus
A compaixão é uma característica
fundamental de. Ela vem de sua união com o Pai, pois o desígnio de
salvação se explica pela compaixão que Deus teve com a humanidade no
pecado que é sempre uma escolha livre do homem. Mas Deus, quis salvar
porque teve misericórdia, teve compaixão. Por isso enviou o Filho para
libertar do mal. Jesus assume a condição humana para ser em tudo igual
ao homem, menos no pecado (Hb 4,15). Assim Jesus exerce a misericórdia
sem limites para com todos: pecadores, doentes, presos pelo mal, o que
chama de endemoniados. Ele, conhecendo a condição humana, sabe o quanto
necessitamos de sua compaixão. O médico não precisa sentir a dor do
doente para curá-lo. Jesus sente a dor do homem sofredor e tem
compaixão. Significa que participa dessa dor. Ele vai até a morte e
sepultura para que não haja nenhuma dúvida de que Jesus tenha estado em
tudo do nosso lado. Isso é importante para que ninguém se escuse dizendo
que Deus não conhece minha dor. Deus me esqueceu! Deus sumiu. Se
parecer ser isso, é porque sabe que damos conta sozinhos ou tem muitos
que podem nos socorrer. Não sentimos a presença de Deus como um
sentimento humano. É mais, é Divino.
Tende em vós os mesmos sentimentos
Aqui entra algo importante, pois seguir
Jesus significa exercer sua compaixão. Quanto mais encarnarmos os
sentimentos de Jesus (Fl 2,5), mais manifestaremos sua Pessoa e
exerceremos sua missão. Não é possível uma fé cristã sem que sejamos
imbuídos de sua compaixão. Quem não é capaz de ter compaixão, tem um mal
maior. Desse mal só se cura com o remédio da dor. O sofrimento é uma
escola. A compaixão não é uma dor que passa. É uma ferida no coração de
onde jorra o sangue da misericórdia, o mesmo que correu do coração
ferido de Jesus. Ter dó nunca resolveu o problema de ninguém. A
compaixão tem que ser o elemento fundamental para a pastoral e para a
estruturação de uma comunidade, de uma Igreja. Vemos que essa não tem
sido a energia que move nossa vida de Igreja e vida espiritual. Por isso
não crescemos na vida espiritual. Falta a alma das virtudes. Não
sujamos as mãos pelos outros. Não nos comprometemos. Vemos nossas
comunidades, paróquias, dioceses e outros que não vão em frente, pois o
necessitado é o primeiro excluído. Uma espiritualidade que não nos
compromete com os carentes e abandonados pode parecer boa. Examinemos
nossas devoções, associações, movimentos. Tudo vazio. Muito
espiritualismo e pouco Jesus compassivo. Mesmo a vida da Igreja e
congregações está perdendo a vida pela ausência da compaixão de Jesus.
Misericórdia para com todos
Paulo nos ensina que Cristo é como o pacificador que
destruiu a separação entre judeus e gentios (Povos pagãos) e os fez um
só povo. Toda a herança de Israel foi calcificada no fechamento dos
judeus que se consideravam o único povo de Deus. Paulo na epístola aos
Efésios, diz que por sangue, Cristo aproximou os que estavam longe; O
que era dividido fez uma unidade; aboliu a lei com seus mandamentos e
decretos... quis assim, a partir do judeu e do pagão, criar em Si um só
homem novo, estabelecendo a paz; Quis reconciliá-los com Deus, ambos em
um só corpo, por meio da cruz; assim destruiu em Si mesmo a inimizade;
graças a Ele que uns e outros, em um só Espírito, temos acesso ao Pai
(Ef 2,13); O sangue de Cristo e o Espírito realizam a unidade de pagãos e
judeus. Tudo porque Deus teve compaixão de todos. Jeremias criticou os
maus pastores. Jesus é o bom pastor.
Leituras: Jeremias 23,1-6;Salmo 22;Efésios 2,13-18;Marcos 6,30-34.
Ficha nº 1772 - Homilia do 16º Domingo Comum (22.07.18)
- Jesus é a compaixão.
- Participamos da compaixão de Jesus.
- A compaixão de Jesus abre a todos a mesma participação como povo.
Ter dó não dói.
Quando queremos explicar quem era Jesus,
o que mais nos ajuda é dizer que Ele curava os doentes, ressuscitava os
mortos, expulsava os demônios e alimentava o povo multiplicando a
comida. Não falamos nada de que era Deus, que morreu e ressuscitou.
Falamos, mas para garantir que, quem fazia isso só podia ser Deus. Há
uma frase que diz: “Os discípulos, vendo essa humanidade de Jesus tão
generosa, diziam: Só pode ser Deus.
Paulo na carta a Tito escreve: “A graça de Deus se
manifestou parda a salvação de todos” (Tt 2,11). A graça é a benignidade
de Deus. Deus é bom e compassivo. Essa compaixão Jesus a trouxe como
primeira recomendação do Pai a todos nós. Para ser igual a Jesus temos
que aprender sua compaixão. Uma espiritualidade desacompanhada da
compaixão que suja as mãos com os necessitados não constrói vida cristã.
Vemos religiões que se dizem cristãs, movimentos, associações e
piedosas pessoas que não têm a compaixão em seu modo de viver a fé.
Fonte - http://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco
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