Não sejamos indiferentes aos pobres nem à pobreza do mundo, não nos comportemos como se esse problema não fosse nosso
“Um pobre chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico” (Lucas 16,20-21).
“Um pobre chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico” (Lucas 16,20-21).
Nas portas de nossas casas, de nossas ruas e avenidas há
muitos “Lázaros” caídos, prostrados, sedentos, famintos, precisando de
pão, água, alimento, acolhimento e amor.
A questão que o Evangelho aponta, hoje, para nós é a
indiferença, a arrogância, a opulência do rico esquecendo, deixando de
lado, um pobre faminto que está à porta da sua casa. Ele [rico] está se
banqueteando, está feliz com os bens e o dinheiro que tem, e promove
muitas festas, mas nunca ligou para o pobre que está na porta da sua
casa.
Veja o pobre Lázaro, mendigo, abandonado. Ele morre, e o rico também.
O rico vai para os tormentos do inferno e o pobre vai para junto de
Deus, para o seio de Abraão. Lá onde está, o rico suplica para que
alguém molhe a sua língua, porque ele necessita de um alívio por todo o
calor e sofrimento que passa.
A resposta de Abraão é que há um abismo que separa
aquele que está no Céu do que está vivendo a vida distante de Deus. Esse
mesmo abismo há depois da morte entre aqueles que foram salvos, e os
que não foram salvos, é o abismo que existe também no meio em que nós
vivemos e estamos.
Infelizmente, há um grande abismo social que separa ricos e pobres,
que permite a alguns banquetearam, terem comida para jogar fora e assim
por diante; e tantos outros vivendo na miséria, passando fome e
necessidade. E o que cria, sobretudo, este grande abismo é a indiferença
dos que têm, para com aqueles que nada têm.
É importante que, neste tempo que estamos vivendo,
tomemos consciência de que o problema e o sofrimento dos pobres é nosso.
A fome, a sede, a necessidade, tudo aquilo que ele passa, não podemos
nos comportar com indiferença!
Existem muitos Lázaros no meio de nós, existem muitas
pessoas passando verdadeira fome, pobreza material, sem ter o que comer,
o que vestir nem o que beber; e não podemos dizer que este problema não
seja nosso. Não podemos ter a opulência do rico. Por mais que eu diga:
“Eu não sou rico como ele!”, mas isso não é a questão. A questão que
infligiu e afastou esse rico do Reino de Deus foi a sua indiferença para
com aquele pobre que estava na porta da sua casa todos os dias.
Não sejamos indiferentes aos pobres nem à pobreza do
mundo, não nos comportemos como se esse problema não fosse nosso. Todos
nós precisamos abrir o nosso coração para acolher, amar e cuidar dos
Lázaros que estão à porta de nossas casas!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. https://www.facebook.com/pe.rogeraraujo/?fref=ts
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