A penitência é a oportunidade que temos, é a atitude que precisamos ter para rever a nossa vida, rever nossos atos e atitudes
“Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração” (Lucas 11,30).
“Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração” (Lucas 11,30).
Jonas foi um sinal para o povo de Nínive, porque aquele povo estava
perdido, estava com a cabeça toda errada; e Jonas foi pregar para eles. O
que Jonas foi pregar? A conversão, a mudança. Ele foi chamar aquele
povo à penitência.
Qual é a necessidade da penitência? Por que temos que fazê-la? A
penitência é um modo de reparação, é o modo de nos colocarmos de molho e
percebermos o que é errado em nós para mudarmos a rota.
Estamos naquela correria da vida e, de repente, um
incidente ou acidente acontece, pode ser o mais leve possível, mas é
preciso colocar meu pé de molho, andar mais devagar. Essa é uma
oportunidade boa para revermos se agimos errado, se o outro foi desleal
conosco ou se fomos desleais com ele, porque pisamos nesse buraco,
porque ali podemos cair. A penitência é um modo de nos revermos.
As pessoas vivem pedindo para Deus sinais: “Por que Deus
não direciona aqui a minha vida? Por que essa ou aquela não resolve a
situação?”.
Nenhum outro sinal nos será dado, a não ser o sinal de
Jonas! E o seu sinal é a penitência do coração. Porque eles [povo]
ouviram a pregação de Jonas e se penitenciaram, jogaram-se nas cinzas e
foram rever suas vidas.
A penitência é a oportunidade que temos, é a atitude que precisamos
ter para rever nossa vida, rever os nossos atos e atitudes. Cobramos
demais das pessoas e até mesmo de Deus, o que não temos é a capacidade
sincera de revermos as decisões que precisamos viver em nós.
Há atos em nós que não edificam, palavras em nós que não
fazem bem às pessoas que ouvem. Precisamos colocar nossa língua de
molho e fazer penitência. Quando fazemos isso, é uma oportunidade que
damos a nós mesmos de revermos aquilo que sai de nós.
Precisamos colocar o nosso coração em penitência, o nosso coração que
fica, muitas vezes, tão fechado, amargurado, acumulando raiva, rancor e
ressentimento, mas sem saber disso. Ficamos implorando a Deus: “Senhor,
manda-me um sinal! Senhor, manifesta-se!”.
Desculpe-me, mas nenhum outro sinal nos será dado. O sinal é este, o
tempo é este, Deus nos deu este tempo de graça, chamado Quaresma, para
que vivamos e façamos penitência! No entanto, não façamos uma penitência
estéril e exterior. Ouço alguns dizendo: “Estou a não sei quanto tempo
sem comer isso e aquilo!”. Tudo bem! Ofereça para Deus essa experiência.
Não está tomando refrigerante, não está comendo chocolate, isso é até
comum na maioria das práticas, porém, saímos das práticas e não tocamos
no essencial.
Onde está a penitência da língua? Onde está a penitência dos pensamentos? Onde está a penitência das más intenções?
Se você conseguir ficar 40 dias sem falar mal da vida dos outros,
será melhor e maior do que qualquer penitência que você possa fazer!
Esta vai mover os Céus, vai tirar muitas almas do purgatório, vai salvar
muitas pessoas do mau caminho, e vai salvar a sua própria vida.
Que nossas penitências sejam sinceras e verdadeiras, para nossa própria correção interior!
Deus abençoe você.
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
https://www.facebook.com/rogeraraujo.cn
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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