Centenário da Arquidiocese de Maceió

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Sou Padre

Há oito dias passados, o Senhor Jesus me tornou sacerdote, numa noite sem igual, na Catedral Metropolitana de Nossa Senhora dos Prazeres, em Maceió, no dia 29 de dezembro de 2015, Oitava do Natal, nas primícias do Ano Santo da Misericórdia!
As palavras jamais conseguirão expressar toda a alegria daquela terça-feira à noite, quando dois bispos, sessenta e seis presbíteros, vários diáconos e seminaristas - de diversas Arqui(dioceses), Congregações e Novas Comunidades - além de uma multidão de fiéis, dentre familiares, amigos e conhecidos, se faziam presentes para assistir espiritualmente a mim e aos demais ordenandos.
Ao passar pelos umbrais da Catedral era como se estivesse entrando no céu. Tudo convergia para o tom solene e sublime da Santa Missa de Ordenação: a unidade do presbitério, a harmonia da liturgia e dos cânticos, a minha emoção e de todos os presentes. Uma celebração única, digo jamais experienciada! Logo no início, partilhava com meu irmão Ronaldo, que fôra ordenado na mesma ocasião: que felicidade, chegou a hora tão esperada e nesta linda celebração.
Vivi cada momento daquela Santa Missa num clima de total entrega Àquele que me escolheu, ungiu e consagrou em vista de Seu Reino. Prostei-me por completo - corpo, alma e espírito - a fim de que a comunhão com o Amor Eterno se firmasse, como de fato se firmou! Cada momento do Rito da Ordenação era expressão do beneplácito do Bom Deus que, sem nenhum merecimento de minha parte, tornou-me PADRE!
Recordo-me o beijar as mãos ungidas e o abraço fraterno de cada padre, jovens e anciãos. Era a confirmação da acolhida no presbitério, na certeza de uma fraternidade sacerdotal. A saudação ao meu irmão de turma, Pe. Ronaldo, era a celebração da vitória de Deus em nossa vida. Já as mãos apresentadas à assembleia confirmava uma oferta de vida ao povo de Deus! Tudo era divino e emocionante!
Ó dia tão esperado, um sonho realizado, numa noite quase que inenarrável!
No final da Santa Missa, já padre, ouvir meu bispo agradecer à minha querida avó Carmelita, a pessoa que mais sonhou para que esta vontade de Deus se concretizasse em minha vida, mas não estava ali por motivo de saúde, era ouvir de Deus o agradecimento, por ela ter sido minha fiel intercessora. Aquele agradecimento acalentava meu coração devido esta ausência, à medida em que me enchia de alegria pelo carinho de Deus!
Os cumprimentos das inúmeras pessoas que foram beijar minhas mãos ungidas trazia-me a certeza de que, agora, minha vida está escondida com Cristo em Deus. Não mais me pertenço, sou inteiramente do Senhor e do Seu rebanho!
Enfim, padre, e padre por inteiro para agir na Pessoa de Jesus Cristo, Pastor Supremo, Cabeça da Igreja! Dispensador dos Mistérios Divinos para todos, indistintamente. Por isso fui "FEITO TUDO PARA TODOS" (cf. 1 Cor 9,22b) a fim de levar todos ao conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo!
A alegria daquela noite era tamanha que se tornou eterna e, de modo surpreso, meus irmãos, mais que amigos, do Ministério Universidades Renovadas de Alagoas, eram os primeiros, juntos com minha família, a me acolherem como padre com uma expressiva e emocionante recepção!
Ó dia tão esperado, um sonho realizado, numa noite quase que inenarrável!
Chegando, pois, ao oitavo dia como Padre, bendigo ao Senhor porque me escolheu, humilde servo de Sua vinha. Peço a Ele a graça da fidelidade, dia a dia, numa entrega total em vista da salvação das almas. Cada pessoa que eu levar para Cristo, no exercício do Ministério Sacerdotal que me foi confiado, tornará eterna aquela noite de 29 de dezembro de 2015.
Recomendo-me às vossas orações!
Deus vos abençoe!
Pe. Luiz Antônio de Araújo Guimarães
Arquidiocese de Maceió

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