A inveja é um veneno terrível, invade o coração humano e não nos permite raciocinar, pensar sobre nossos atos e atitudes
Amados irmãos, a Palavra de Deus, que vem hoje ao nosso encontro,
sobretudo na Primeira Leitura de Samuel, mostra-nos duas disposições ou
mesmo virtudes e vícios do coração humano. A primeira delas é o sentimento terrível de inveja
que toma conta do coração de Saul, que começa a invejar Davi porque o
povo estava muito satisfeito com ele e começou a referenciá-lo mais do
que a Saul. Em vez de rever sua própria vida, Saul deixou a inveja tomar
conta de seu coração.
Quando a inveja toma conta do coração humano, é uma verdadeira
desgraça, porque ela nunca vem sozinha, puxa os sentimentos mais
negativos. A inveja de Saul puxou sobre ele a cólera, a ira e a raiva.
Ele, profundamente, desejou matar Davi.
Veja, ele ficou encolerizado não porque Davi havia feito algo a ele,
porque o havia provocado; muito pelo contrário, Davi manteve-se na
humildade. Mas a inveja é um veneno terrível, invade o coração humano e
não nos permite raciocinar sobre nossos atos e atitudes; de repente,
estamos falando mal das pessoas, jogando umas contra as outras. Nós as
estamos provocando, para que também queiram o mal daquela a quem estamos
invejando. Depois, é claro, que sentimos raiva e cólera.
É verdade que não gostamos da presença da pessoa que invejamos, e
quando alguém fala bem dela temos uma alguma notícia boa daquela pessoa,
logo procuramos envenenar, porque a inveja é um verdadeiro veneno!
Por outro lado, o filho de Saul, Jônatas, amava seu pai, mas amava
profundamente Davi, seu amigo; tinha por ele um respeito, uma
consideração e uma amizade verdadeiramente profunda. E desta amizade
profunda é que Jônatas vai prevenir Davi da cólera de seu pai Saul, para
que não caia nas ciladas, naquilo que seu pai estava tramando para
matá-lo.
Amigo é aquele que está conosco, sobretudo em nossa ausência, quando
alguém (pode ser a pessoa mais importante do mundo) fala mal de nós,
fala alguma coisa contra nós, é o primeiro a se doer, a querer nos
defender e nos proteger. O amigo pode até nos atacar pessoalmente,
brigar conosco, mas não permite que ninguém nos faça mal.
Amigo é aquele que nos protege e se faz presente quando nos fazemos
ausente, é a nossa presença, é aquele que fala por nós, defende-nos e
luta por nós!
A amizade verdadeira que Jônatas nutria por Davi ilumine nossas
amizades, nossos relacionamentos para que o nosso coração não seja
tomado pela inveja que mata, destrói e arranca os sentimentos mais
profundos da alma!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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