Centenário da Arquidiocese de Maceió

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Vírgem Maria do Monte Carmelo


Pelos fins do século XII, alguns eremitas se estabeleceram no Monte Carmelo, na Palestina, hoje Israel, junto à fonte do profeta Elias. Ali eles construíram um oratório em homenagem a Maria Santíssima e tomaram-na como sua patrona e titular. Consideraram-na também como mãe e modelo, sobretudo na vida contemplativa que levavam. Os habitantes da região passaram a chamar aqueles eremitas de “Irmãos de Santa Maria do Monte Carmelo”.

No século XIV, já se celebrava solenemente esta festa de Nossa Senhora em diversos lugares e isto se propagou, pouco a pouco, por toda a Ordem carmelita, de tal maneira que a solenidade de Nossa Senhora do Carmo tornou-se a maior festa entre os carmelitas, que a chamam sempre de nossa Mãe Santíssima do Carmo.

Com os carmelitas apareceu também uma devoção especial a Nossa Senhora do Carmo com o uso do Escapulário. Conta a tradição que a 16 de julho de 1251, a própria Virgem Maria o entregou a São Simão Stock, dizendo estas palavras: “Filho querido, recebe este escapulário de tua Ordem, sinal de minha amizade fraterna, privilégio para ti e todos os carmelitas. Aqueles que morrerem revestidos com ele não padecerão no fogo do inferno. É um sinal de salvação, amparo e proteção nos perigos e aliança de paz para sempre.”

A segunda promessa de Nossa Senhora foi feita ao Papa João XXIII. Referindo-se aos que levarem o escapulário durante a vida, ela teria dito: “Eu, mãe bondosa, descerei no primeiro sábado após sua morte, e a quantos achar no purgatório livrarei e levarei ao monte santo da vida eterna.” O próprio Papa confirmou essa indulgência plenária em favor daqueles que usassem o escapulário.

O escapulário dos leigos se compõe de duas pequenas peças de pano ou de metal, unidas entre si por dois fios ou correntinhas, e é próprio para ser colocado sobre os ombros. Em geral, sobre uma das peças está estampada a imagem de Nossa Senhora do Carmo.

O escapulário não é uma medalha, nem um enfeite nem tão-pouco um fetiche. É apenas um sinal de devoção e de amor a Maria Santíssima.
Monsenhor Pedro Teixeira Cavalcante é Doutor em Teologia.

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